Senhores doutores
"O que vão desejar os senhores doutores?" Numa área em que se é doutor quando se tem um doutoramento, a pergunta, generalizada a todos os clientes de uma cafetaria, provocava sorrisos nas primeiras vezes, mas não permitia esquecer que a deferência era ritual do negócio, e não reconhecimento ou sequer respeito.
Hoje, muito depois das primeiras vezes, alguns são mesmo doutores, outros apenas "stôres" e outros ainda homens e mulheres de sete ofícios. Isto não é nada de extraordinário se pensarmos que nunca se está à altura, na Física, nem mesmo depois de um Nobel, porque a Natureza permanece sempre desafiante e maior. Pudessem muitas "prima-donas" de outros campos ter a mesma lição de humildade.
Olhando à volta, espantamo-nos quando percebemos que enquanto em Física é preciso estourar a cabeça para produzir algum material digno de ser apresentado como original, noutras áreas bastam um ou dois estudos de casos, tratados com relativa indigência científica, para se ter acesso a confortáveis carreiras académicas.
Por outro lado, na docência do ensino básico e secundário, é-se carne para canhão. Agora, com uma espantosa cereja em cima do bolo: depois de aprender teoria quântica do campo, tem de se ir ensinar conteúdos de antigos cursos de formação profissional, como, por exemplo... a trabalhar com empilhadoras (sic). Parabéns, senhores doutores do Ministério da Educação de tão criativas ideias: são uns génios!
Hoje, muito depois das primeiras vezes, alguns são mesmo doutores, outros apenas "stôres" e outros ainda homens e mulheres de sete ofícios. Isto não é nada de extraordinário se pensarmos que nunca se está à altura, na Física, nem mesmo depois de um Nobel, porque a Natureza permanece sempre desafiante e maior. Pudessem muitas "prima-donas" de outros campos ter a mesma lição de humildade.
Olhando à volta, espantamo-nos quando percebemos que enquanto em Física é preciso estourar a cabeça para produzir algum material digno de ser apresentado como original, noutras áreas bastam um ou dois estudos de casos, tratados com relativa indigência científica, para se ter acesso a confortáveis carreiras académicas.
Por outro lado, na docência do ensino básico e secundário, é-se carne para canhão. Agora, com uma espantosa cereja em cima do bolo: depois de aprender teoria quântica do campo, tem de se ir ensinar conteúdos de antigos cursos de formação profissional, como, por exemplo... a trabalhar com empilhadoras (sic). Parabéns, senhores doutores do Ministério da Educação de tão criativas ideias: são uns génios!
2 :
Então que os estudiosos dos quanticos vão para o desemprego porque alguém tem que ensinar a usar empilhadoras e se os quanticos não são capazes tem de se arranjar outra pessoa... :-)
enviado por Anónimo em setembro 30, 2006 4:10 da manhã
Um bom ponto de vista, mas além da inteligencia deveriamos observar a sabedoria q anda por trás das grandes descobertas e ações.
no final das contas o fisco e o operador de empilhadeira nada mais são do q peças q deveriam funcionar uma em beneficio da outra com finalidade de desenvolvimento e sustentabilidade.
enviado por Anónimo em outubro 14, 2006 9:57 da tarde
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