Nano-flor e nano-galeria "acústica" (uma "whispering gallery" óptica, neste caso). Fazem parte de uma colecção em crescimento de miniaturinhas com muito potencial.
Sempre ouvi "nanómetro". Suponho que por analogia com os múltiplos e submúltiplos mais comuns do metro, também eles palavras esdrúxulas. Vou procurar saber mais. Agradeço a chamada de atenção.
Nos dicionários da Porto Editora (o "Grande" e o "2004") vem registado "nanómetro". No mini-Aurélio (6ª edição), vem "nanômetro". No dicionário da Academia, não vem nenhuma menção. Note que, no decreto-lei, vêm os prefixos não adaptados às palavras a que se vão ligar. Por exemplo, "deci" ligado a "metro" resulta em "decímetro".
excepções: quilómetro, hectómetro, decâmetro, decímetro, centímetro e milímetro [mudei o acento - eles usam tónico]" --------- Posso explicar estas excepções: Clareza e simplicidade são as palavras-chave; nada se ganharia em impôr decimetro...
Outra excepção exemplar é o quilograma que é uma unidade básica e não um múltiplo do grama...
Veja o que o seu dicionário diz sobre micro ou mícron ou micrómetro - sem se calhar mencionar o correcto micrometro - e decidirá que este é um assunto impróprio para dicionários.
(Sobre unidades, cá, nem no IPQ se deve confiar muito - quanto mais em dicionários.)
É que não é, de facto, fácil encontrar engenheiros com sensibilidade para estas coisas - ainda ontem vi um verdadeiro engenheiro de uma verdadeira empresa a fazer uma verdadeira apresentação, numa verdaeira faculdade e, em letras garrafais e bonitas, Kg em vez do correcto kg. E quem se importa, senão eu?
E o plural de henry? e o plural de pascal? Conseguirei eu por ordem nisto?! Estou a tentar ganhar adeptos para que, as unidades, sejam consideradas "palavras especiais" - o que permitirá, por exemplo escrever e dizer pascals - olhe, o Aurélio, concorda! - porque cá, e pela regra, é pascais... Lembra a Páscoa! E bares lembra copos.
Faça-me um favor, diga e escreva nanometro [nano métro]e não pense mais sobre o assunto. Se alguém estranhar - o que é natural - diga-lhes que fui eu que disse!
Uma hectare de cumprimentos (hectoare... excepção) G, o Cruzado
"Faça-me um favor, diga e escreva nanometro [nano métro]e não pense mais sobre o assunto. Se alguém estranhar - o que é natural - diga-lhes que fui eu que disse! "
Ah! Ah! Ah! Argumentos de autoridade?! "Foi 'o G' que me disse"...
Quanto aos plurais, percebo-o, mas mesmo assim... Já há os "quilogramas"... (E "grama" foi estrela no sistema "cgs", lembra-se?)
Para sua ilusória satisfação e justificando a minha escolha do 'cognome' Cruzado, a premiada Marta Fajardo diz, mal, nanómetro. Como vê, e eu avisei, quanto mais perguntar pior pois é assunto 'cigano'... O jornal escreve também "femtossegundo", com a psicótica cautela de evitar que alguém diga "femtozegundo", supunho. Discordo plenamente. As unidades são palavras especiais, técnicas, para técnicos e têm de ser, antes de tudo, claras. femtosegundo é, sem dúvida, melhor reconhecível como sendo a junção das palavras femto e segundo e ninguém dirá femtozegundo. Ao contrário, todos estranham femtossegundo... De qualquer modo, em Portugal, é fento, e não femto, porque assim o diz o Dec. Lei 254/2002. Pessoalmente, se calhar, nem esta 'adaptação' teria feito e deixaria femto. São palavras especiais... Mas esta, aceita-se bem, porque femto, fere. (cacafonia propositada)
Os brasileiros, americanos que são, fazem kelvinos para o plural de kelvin, a unidade de temperatura termodinâmica cujo símbolo é K. Que mal terá kelvins? Será medo de perder património linguístico?! Femto, por outro lado, agrada-lhes e utilizam-no desavergonhadamente. (Escrevi femto com maiúscula inicial por ser início de frase, claro).
Deixe-me falar ainda do que se ouve diariamente na TV: asneiras. O "quilómetro hora" para dizer "quilómetro por hora" é universal... E as traduções? Já vi converter graus Fahrenheit em graus Celsius [ºC] 'directamente'... Todos estão a ganhar dinheiro com as suas profissões. Todos são autoridades. A todos falta vergonha na cara. Mark Twain já o dizia: "Tudo o que é preciso na vida é ignorância e confiança; depois, o sucesso está garantido."
Por que é que a Marta Fajardo diz mal, se diz como está nos dicionários e como muitos outros professores universitários (pelo menos de Física, pelo menos todos os que conheço) dizem?
O livro "Física" (Vol. 1) de Resnick, Halliday & Krane(4ª edição, LTC-Livros Técnicos e Científicos Editora, Rio de Janeiro, 1996) - um dos cursos universitários de física mais respeitáveis e dos mais usados em Portugal - tem uma nota de rodapé na tabela de prefixos SI (página 2) que diz: "Em todos os casos, acentua-se a segunda sílaba, como em na-nô-me-tro." Penso que concordará que a primeira parte da frase não está correcta, mas o exemplo dado é significativo. Curiosamente, o tradutor optou por manter a grafia "femto" e "atto". É explicado no texto: "Prefixos de origem grega são usados para factores maiores que a unidade e de origem latina para fatores menores que a unidade (excepto 'femto' e 'atto' que são de origem dinamarquesa)".
Descobri também um jornalista da Lusa que diz "nanómetro" e não terá inventado a palavra: http://www.telemoveis.com/news/item.asp?id=1945
Já reparou que esta tendência para que os múltiplos e submúltiplos fiquem palavras esdrúxulas só acontece com o metro? (Sim, também digo picómetro, fentómetro e, eventualmente, atómetro, e ainda mícron ou micrómetro.) Não haverá uma razão linguística para isto? Deixei uma pergunta sobre este assunto no Ciberdúvidas; esperemos a resposta a partir de Outubro.
Concordo com o que diz sobre a comunicação social e as traduções.
Pensando bem é do meu interesse que continuem a laborar em erros. ;-) Retiro-me respeitosamente deste diálogo e vou mas é ver se arranjo uma bolsa para escrever um livro...
G, o Mártir
PS: o mícron, morreu em 1968. 1968. Já era tempo de o deixarem o coitado descansar em paz. :-)
Caro Panfletário, Engenheiro, Cruzado, [não] Chato, [pseudo-]Mártir,
Lamento que saia assim. É que, deste lado, está quem quer combater a ignorância, a começar pela própria. Só que quer ser convencida com argumentos lógicos, e não de autoridade, e nisso não transige.
Posso dizer-lhe que sou bastante picuínhas no que toca à defesa da nossa língua, mas não deixo de ter em mente que não existe nenhuma língua perfeita e que, no nosso país, a língua (em sentido lato) não se tem fixado por decreto. Por isso, uma discussão sobre a grafia de unidades de comprimento vale o que vale.
Volte sempre ao FísicosLX. E conte-nos quando sair esse livro.
Entretanto, aguardam-se mais brilhantes panfletos.
Cumprimentos! Aristarco
P.S.: Quanto ao mícron, foi-me apresentado por professoras de Biologia da escola secundária, na década de 80, e continua vivo e de boa saúde nos dicionários portugueses, tendo até dado origem ao "micro" e à "micra"... Está tudo contra si, já se vê, caro Mártir. :) Mas nem sequer quer explicar que 1968 é esse que tirou da manga...
Claro que quero! - sempre fui sensível à categoria e é com prazer que o informo:
O "1968" foi tirado desta manga: http://www.bipm.fr/en/si/si_brochure/
Leia na página 32, nota j:
"(j) Le micron et son symbole, qui furent adoptés par le Comité international en 1879 (PV, 1879, 41) et repris dans la Résolution 7 de la 9e CGPM (1948 ; CR,70), ont été supprimés par la 13e CGPM (1967-1968,Résolution 7 ; CR,105 et Metrologia, 1968, 4, 44)."
[CR = Comptes Rendus CGPM = conferência geral de pesos e medidas BIPM = Bureau International des Poids et Mesures]
Note as datas... RIP!
Cumprimentos
G, o Coveiro
PS: O SI é uma coisa simples, práctica, bela. Contudo, porque faz com que as pessoas se entendam melhor, tem 'inimizades' por todo o lado. O mistério da natureza humana. (É como um carro novo mas todo, todo riscado: apesar de os riscos não afetarem nada de vital, perde a graça.)
12 :
nanometro, sem acento algum, por Minerva.
nanómetro! É boa!
G, o eng.
enviado por Anónimo em setembro 13, 2004 10:27 da manhã
Sempre ouvi "nanómetro". Suponho que por analogia com os múltiplos e submúltiplos mais comuns do metro, também eles palavras esdrúxulas. Vou procurar saber mais. Agradeço a chamada de atenção.
enviado por Aristarco em setembro 13, 2004 11:08 da tarde
Escusa de ir "saber mais", senhor, está a falar com um especialista na matéria. ;-)
G, o Engenheiro
Veja aqui uma boa pista:
http://dre.pt/pdfgratis/2002/11/270A00.PDF#page=11
enviado por Anónimo em setembro 17, 2004 8:35 da tarde
Caro engenheiro (o panfletário?):
Nos dicionários da Porto Editora (o "Grande" e o "2004") vem registado "nanómetro". No mini-Aurélio (6ª edição), vem "nanômetro". No dicionário da Academia, não vem nenhuma menção. Note que, no decreto-lei, vêm os prefixos não adaptados às palavras a que se vão ligar. Por exemplo, "deci" ligado a "metro" resulta em "decímetro".
enviado por Aristarco em setembro 19, 2004 8:27 da tarde
Em tudo na vida há excepções, são elas que fazem a regra, como diria o meu tio Zé:
Da INMETRO, do Brasil, (mutatis mutandis, serve bem):
[http://www.inmetro.gov.br/consumidor/unidLegaisMed.asp#n_pronuncia]
" Unidades Legais de Medida :
Nome
pronúncia correta
O acento tônico recai sobre a unidade e não sobre o prefixo.
exemplos:
micrometro, hectolitro, milisegundo, centigrama
excepções:
quilómetro, hectómetro, decâmetro, decímetro, centímetro e milímetro
[mudei o acento - eles usam tónico]"
---------
Posso explicar estas excepções: Clareza e simplicidade são as palavras-chave; nada se ganharia em impôr decimetro...
Outra excepção exemplar é o quilograma que é uma unidade básica e não um múltiplo do grama...
Veja o que o seu dicionário diz sobre micro ou mícron ou micrómetro - sem se calhar mencionar o correcto micrometro - e decidirá que este é um assunto impróprio para dicionários.
(Sobre unidades, cá, nem no IPQ se deve confiar muito - quanto mais em dicionários.)
É que não é, de facto, fácil encontrar engenheiros com sensibilidade para estas coisas - ainda ontem vi um verdadeiro engenheiro de uma verdadeira empresa a fazer uma verdadeira apresentação, numa verdaeira faculdade e, em letras garrafais e bonitas, Kg em vez do correcto kg.
E quem se importa, senão eu?
E o plural de henry? e o plural de pascal?
Conseguirei eu por ordem nisto?!
Estou a tentar ganhar adeptos para que, as unidades, sejam consideradas "palavras especiais" - o que permitirá, por exemplo escrever e dizer pascals - olhe, o Aurélio, concorda! - porque cá, e pela regra, é pascais... Lembra a Páscoa! E bares lembra copos.
Faça-me um favor, diga e escreva nanometro [nano métro]e não pense mais sobre o assunto. Se alguém estranhar - o que é natural - diga-lhes que fui eu que disse!
Uma hectare de cumprimentos (hectoare... excepção)
G, o Cruzado
enviado por no name em setembro 23, 2004 8:30 da tarde
"Faça-me um favor, diga e escreva nanometro [nano métro]e não pense mais sobre o assunto. Se alguém estranhar - o que é natural - diga-lhes que fui eu que disse!
"
Ah! Ah! Ah! Argumentos de autoridade?! "Foi 'o G' que me disse"...
Quanto aos plurais, percebo-o, mas mesmo assim... Já há os "quilogramas"... (E "grama" foi estrela no sistema "cgs", lembra-se?)
enviado por Aristarco em setembro 24, 2004 10:21 da manhã
Para sua ilusória satisfação e justificando a minha escolha do 'cognome' Cruzado, a premiada Marta Fajardo diz, mal, nanómetro. Como vê, e eu avisei, quanto mais perguntar pior pois é assunto 'cigano'...
O jornal escreve também "femtossegundo", com a psicótica cautela de evitar que alguém diga "femtozegundo", supunho. Discordo plenamente. As unidades são palavras especiais, técnicas, para técnicos e têm de ser, antes de tudo, claras. femtosegundo é, sem dúvida, melhor reconhecível como sendo a junção das palavras femto e segundo e ninguém dirá femtozegundo. Ao contrário, todos estranham femtossegundo...
De qualquer modo, em Portugal, é fento, e não femto, porque assim o diz o Dec. Lei 254/2002.
Pessoalmente, se calhar, nem esta 'adaptação' teria feito e deixaria femto. São palavras especiais... Mas esta, aceita-se bem, porque femto, fere. (cacafonia propositada)
Os brasileiros, americanos que são, fazem kelvinos para o plural de kelvin, a unidade de temperatura termodinâmica cujo símbolo é K. Que mal terá kelvins?
Será medo de perder património linguístico?!
Femto, por outro lado, agrada-lhes e utilizam-no desavergonhadamente. (Escrevi femto com maiúscula inicial por ser início de frase, claro).
Deixe-me falar ainda do que se ouve diariamente na TV: asneiras. O "quilómetro hora" para dizer "quilómetro por hora" é universal...
E as traduções? Já vi converter graus Fahrenheit em graus Celsius [ºC] 'directamente'...
Todos estão a ganhar dinheiro com as suas profissões. Todos são autoridades. A todos falta vergonha na cara.
Mark Twain já o dizia: "Tudo o que é preciso na vida é ignorância e confiança; depois, o sucesso está garantido."
G, o Chato
enviado por Anónimo em setembro 24, 2004 5:33 da tarde
Caro G (não é nada chato),
Por que é que a Marta Fajardo diz mal, se diz como está nos dicionários e como muitos outros professores universitários (pelo menos de Física, pelo menos todos os que conheço) dizem?
O livro "Física" (Vol. 1) de Resnick, Halliday & Krane(4ª edição, LTC-Livros Técnicos e Científicos Editora, Rio de Janeiro, 1996) - um dos cursos universitários de física mais respeitáveis e dos mais usados em Portugal - tem uma nota de rodapé na tabela de prefixos SI (página 2) que diz: "Em todos os casos, acentua-se a segunda sílaba, como em na-nô-me-tro." Penso que concordará que a primeira parte da frase não está correcta, mas o exemplo dado é significativo. Curiosamente, o tradutor optou por manter a grafia "femto" e "atto". É explicado no texto: "Prefixos de origem grega são usados para factores maiores que a unidade e de origem latina para fatores menores que a unidade (excepto 'femto' e 'atto' que são de origem
dinamarquesa)".
Descobri também um jornalista da Lusa que diz "nanómetro" e não terá inventado a palavra: http://www.telemoveis.com/news/item.asp?id=1945
Já reparou que esta tendência para que os múltiplos e submúltiplos fiquem palavras esdrúxulas só acontece com o metro? (Sim, também digo picómetro, fentómetro e, eventualmente, atómetro, e ainda mícron ou micrómetro.) Não haverá uma razão linguística para isto? Deixei uma pergunta sobre este assunto no Ciberdúvidas; esperemos a resposta a partir de Outubro.
Concordo com o que diz sobre a comunicação social e as traduções.
Cumprimentos.
enviado por Aristarco em setembro 26, 2004 10:15 da manhã
Pensando bem é do meu interesse que continuem a laborar em erros. ;-)
Retiro-me respeitosamente deste diálogo e vou mas é ver se arranjo uma bolsa para escrever um livro...
G, o Mártir
PS: o mícron, morreu em 1968.
1968.
Já era tempo de o deixarem o coitado descansar em paz.
:-)
enviado por Anónimo em outubro 08, 2004 6:17 da tarde
Caro Panfletário, Engenheiro, Cruzado, [não] Chato, [pseudo-]Mártir,
Lamento que saia assim. É que, deste lado, está quem quer combater a ignorância, a começar pela própria. Só que quer ser convencida com argumentos lógicos, e não de autoridade, e nisso não transige.
Posso dizer-lhe que sou bastante picuínhas no que toca à defesa da nossa língua, mas não deixo de ter em mente que não existe nenhuma língua perfeita e que, no nosso país, a língua (em sentido lato) não se tem fixado por decreto. Por isso, uma discussão sobre a grafia de unidades de comprimento vale o que vale.
Volte sempre ao FísicosLX. E conte-nos quando sair esse livro.
Entretanto, aguardam-se mais brilhantes panfletos.
Cumprimentos!
Aristarco
P.S.: Quanto ao mícron, foi-me apresentado por professoras de Biologia da escola secundária, na década de 80, e continua vivo e de boa saúde nos dicionários portugueses, tendo até dado origem ao "micro" e à "micra"... Está tudo contra si, já se vê, caro Mártir. :) Mas nem sequer quer explicar que 1968 é esse que tirou da manga...
enviado por Aristarco em outubro 08, 2004 7:37 da tarde
Claro que quero! - sempre fui sensível à categoria e é com prazer que o informo:
O "1968" foi tirado desta manga: http://www.bipm.fr/en/si/si_brochure/
Leia na página 32, nota j:
"(j) Le micron et son symbole, qui furent adoptés par le Comité international en 1879 (PV, 1879, 41)
et repris dans la Résolution 7 de la 9e CGPM (1948 ; CR,70), ont été supprimés par la
13e CGPM (1967-1968,Résolution 7 ; CR,105 et Metrologia, 1968, 4, 44)."
[CR = Comptes Rendus
CGPM = conferência geral de pesos e medidas
BIPM = Bureau International des Poids et Mesures]
Note as datas...
RIP!
Cumprimentos
G, o Coveiro
PS: O SI é uma coisa simples, práctica, bela. Contudo, porque faz com que as pessoas se entendam melhor, tem 'inimizades' por todo o lado. O mistério da natureza humana.
(É como um carro novo mas todo, todo riscado: apesar de os riscos não afetarem nada de vital, perde a graça.)
enviado por Anónimo em outubro 11, 2004 6:55 da tarde
Obrigada!
enviado por Aristarco em outubro 16, 2004 11:02 da tarde
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