FísicosLX

quinta-feira, fevereiro 24, 2005

Albert Einstein (1879-1955) - A sua vida e a sua obra (III)

Um dos primeiros amores de Einstein foi a ciência. Ele recordava-se de o pai lhe ter mostrado uma bússola, quando tinha cerca de cinco anos, e de se ter maravilhado por a agulha apontar sempre para norte, mesmo que a caixa tivesse sido rodada. Einstein lembrava-se de, naquele momento, "ter sentido que por detrás das coisas tinha que haver algo muito bem escondido".

Outro dos seus primeiros amores foi a música. Einstein começou a estudar violino quando tinha cerca de seis anos. Não tinha um talento inato; mas quando, vários anos depois, descobriu a estrutura matemática da música, o violino tornou-se numa paixão para a vida - mesmo que o seu talento nunca tivesse correspondido ao seu entusiasmo.

Quando Einstein tinha dez anos, a família inscreveu-o no Luitpold Gymnasium, onde, de acordo com os estudiosos, desenvolveu uma atitude de suspeita relativamente à autoridade. Esta característica foi-lhe útil mais tarde, na sua vida de cientista. O seu habitual cepticismo tornou mais fácil o seu questionamento de princípios científicos há muito assentes.

Em 1895, Einstein tentou dispensar a escola secundária fazendo um exame de admissão à Escola Politécnica Federal, em Zurique, onde pensava fazer o curso de engenharia eléctrotécnica. Eis o que ele escreveu sobre a sua ambição da altura:

"Se tivesse a sorte de passar nos exames, iria para Zurique. Ficaria lá durante quatro anos, para estudar matemática e física. Imagino-me a tornar-me professor nos ramos das ciências naturais, escolhendo a parte teórica destas. São estas as razões que me conduziram a este plano. Acima de tudo, a minha inclinação para o pensamento abstracto e matemático, e a minha falta de imaginação e habilidade prática."

(tradução livre de "On the Shoulders of Giants - The Great Works of Physics and Astronomy", editado e comentado por Stephen Hawking, Penguin, 2002)

(continua)

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