Ciência: Associação alerta para precariedade de emprego dos bolseiros
Lisboa, 30 Jun (Lusa) - A Associação dos Bolseiros de Investigação Científica (ABIC) revelou hoje que em Portugal existem entre três a quatro mil bolseiros portugueses à espera de integração nos quadros das unidades de investigação, algumas pertencentes ao Estado.
"Há entre três a quatro mil bolseiros em situação de manutenção de serviços correntes que deviam ser integrados nos quadros, mas as vagas estão congeladas", disse à Agência Lusa André Levy, da direcção da ABIC, também bolseiro de um pós-doutoramento.
A associação apresentou hoje em Lisboa um manifesto em defesa de uma política nacional de emprego científico, alegando que há um subaproveitamento dos recursos humanos na área da inovação e desenvolvimento (I&D), explicou André Levy.
O objectivo do manifesto, que está a circular na Internet e conta com mais de três mil assinaturas, é alertar para a "actual situação de franca carência" de políticas e de medidas concretas de emprego científico e que, segundo a associação, está a prejudicar milhares de investigadores e bolseiros em Portugal.
"Queremos forçar a agenda política sobre este assunto e a questão está muito para lá dos bolseiros, porque não há atribuição de cargos a investigadores e faltam locais onde estes possam ser inseridos", explicou André Levy.
O manifesto defende "a criação de mecanismos de financiamento que permitam a contratação de pessoal pelas unidades de I&D", assim como uma "abertura da administração pública à inovação, com integração de pessoal qualificado, incluindo mestres e doutores".
No entender do dirigente da ABIC, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago, manifestou abertura para esta questão, mas "acaba por cair em contradição por causa dos cortes de verbas no Orçamento de Estado".
"Fica-se sem saber se o ministro concretizará a meta de um por cento do PIB (produto interno bruto) para a Ciência e Tecnologia", afirmou o investigador, referindo que o manifesto poderá ainda ser entregue na Assembleia da República na comissão parlamentar do Trabalho e Segurança Social.
SS.
*
Manifesto "Por Uma Efectiva Política Nacional de Emprego Científico: Uma Necessidade Inadiável"
"Há entre três a quatro mil bolseiros em situação de manutenção de serviços correntes que deviam ser integrados nos quadros, mas as vagas estão congeladas", disse à Agência Lusa André Levy, da direcção da ABIC, também bolseiro de um pós-doutoramento.
A associação apresentou hoje em Lisboa um manifesto em defesa de uma política nacional de emprego científico, alegando que há um subaproveitamento dos recursos humanos na área da inovação e desenvolvimento (I&D), explicou André Levy.
O objectivo do manifesto, que está a circular na Internet e conta com mais de três mil assinaturas, é alertar para a "actual situação de franca carência" de políticas e de medidas concretas de emprego científico e que, segundo a associação, está a prejudicar milhares de investigadores e bolseiros em Portugal.
"Queremos forçar a agenda política sobre este assunto e a questão está muito para lá dos bolseiros, porque não há atribuição de cargos a investigadores e faltam locais onde estes possam ser inseridos", explicou André Levy.
O manifesto defende "a criação de mecanismos de financiamento que permitam a contratação de pessoal pelas unidades de I&D", assim como uma "abertura da administração pública à inovação, com integração de pessoal qualificado, incluindo mestres e doutores".
No entender do dirigente da ABIC, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago, manifestou abertura para esta questão, mas "acaba por cair em contradição por causa dos cortes de verbas no Orçamento de Estado".
"Fica-se sem saber se o ministro concretizará a meta de um por cento do PIB (produto interno bruto) para a Ciência e Tecnologia", afirmou o investigador, referindo que o manifesto poderá ainda ser entregue na Assembleia da República na comissão parlamentar do Trabalho e Segurança Social.
SS.
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Manifesto "Por Uma Efectiva Política Nacional de Emprego Científico: Uma Necessidade Inadiável"