FísicosLX

quinta-feira, janeiro 19, 2006

New Horizons

Finalmente, hoje houve "ignition... and liftoff"!

A sonda vai fotografar Plutão e Caronte em 2015 e continuar em frente para estudar a Cintura de Kuiper.

quarta-feira, janeiro 18, 2006

No interior do SuperKamiokande



O SuperKamiokande é um gigantesco detector de neutrinos construído no Japão. Nas imagens de cima, pode ser visto meio cheio, com os seus milhares de tubos fotomultiplicadores. Os fotomultiplicadores iniciais sofreram um acidente que os inutilizou, tendo sido necessário substituí-los.

A ler

Afinal o que é que nós fazemos? (I), no blog A Aba de Heisenberg. Um relato familiar.

terça-feira, janeiro 17, 2006

Um milhão de dólares para poderes paranormais

James Randi oferece um milhão de dólares a quem provar ter poderes "sobrenaturais", em condições controladas.

Ver: The Amazing Randi (The Free Encyclopedia), James Randi Educational Foundation.

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Parabéns!



Parabéns ao Tiago, pela telegenia e pela aterragem no Tao, e a uma física profissional porque sim! :)

domingo, janeiro 15, 2006

Um planetário no computador


O programa "Stellarium" é como um planetário no computador. Tem liçenca GPL e está disponível para Linux, MacOSX e Windows. É muito, muito simples de usar.

Permite rodar a esfera celeste com um "drag & drop", escolher as coordenadas e o momento de observação, tirar a atmosfera e tornar transparente a Terra por baixo dos nossos pés, entre outras coisas. Pode, por isso, ver-se em que constelação estava o Sol no momento do nosso nascimento, bem como a posição dos planetas e da Lua... Ou seja: mapas astrais definitivamente para o lixo!

sábado, janeiro 14, 2006

O génio da garrafa


Para quem, como esta vossa escriba, esperou muito tempo por um livro de divulgação de Química em português, à semelhança dos muitos que foram sendo publicados na área da Física, da Biologia e da Matemática, este "O Génio da Garrafa", de Joe Schwarcz, corresponde ao esperado: é um prato cheio de conhecimento. Charlatanices, dietas, mezinhas, zepelins, bombas atómicas, corantes do novo mundo e química do chocolate... - esta é uma pequena amostra dos temas abordados.

Adenda:
Em inglês há também o excelente "Molecules", de Peter Atkins (autor-de-bíblias-universitárias), que tem, no entanto, a limitação do formato do conteúdo, demasiado compartimentado.

How about that?

A experiência dos corpos em queda livre realizada [?] por Galileu na Torre de Pisa foi considerada uma das dez mais belas experiências científicas da história. No dia 2 de Agosto de 1971, foi repetida na Lua por David Scott, com um martelo e uma pena:


(Créditos: NASA/JPL, via Univ. Colorado. Vídeo com som.)

domingo, janeiro 08, 2006

Dias com árvores ©

A minha pior queda aconteceu também no primeiro ano de escola. Deu-se do alto de um abeto de quatro metros e meio, e passou-se exactamente de acordo com a primeira lei da gravidade de Galileu, a qual reza que a distância percorrida por um móvel em queda livre é igual a metade do produto da aceleração da Terra pelos quadrados dos tempos (s=½gt2), e, portanto, demorou exactamente 0,9578262 segundos. O que é um período de tempo extremamente curto. É mais curto do que o tempo que é preciso para contar de vinte e um até vinte e dois, e até mais curto do que o tempo que preciso para pronunciar bem o número «vinte e um»! A coisa aconteceu tão depressa, que não consegui estender os braços nem desabotoar o meu casaco e usá-lo como pára-quedas, nem sequer me surgiu a brilhante ideia de que de facto não precisava de cair, uma vez que podia voar - não fui capaz de pensar absolutamente em nada naqueles 0,9578262 segundos e, antes que compreendesse de todo que estava a cair, já me estatelava no solo da floresta de acordo com a segunda lei da gravidade de Galileu (v=u+gt) a uma velocidade final de mais de trita e três quilómetros por segundo, e de um modo tão violento, que consegui partir com o meu occipital um ramo da grossura de um braço. A força que originou isto chama-se «força da gravidade». Ela não só mantém o mundo unido no seu âmago, como ainda tem a complexa qualidade de atrair para si, com uma força brutal, tudo, quer seja grande ou pequeno, e parece que apenas nos libertamos das suas garras enquanto estamos no ventre materno ou, como os mergulhadores, debaixo de água. Juntamente com este conhecimento elementar, ganhei um inchaço com a queda. (...)

Portanto, no tempo em que ainda trepava às árvores - e eu trepava muito bem, nunca caía! Até conseguia trepar às árvores que não tinham ramos em baixo e às quais se tinha de subir pelo tronco nu, e conseguia também saltar de uma árvore para outra, e construia inúmeros refúgios no topo, uma vez até fiz uma autêntica casa com telhado e janelas e alcatifa, no meio da floresta, a dez metros de altura - ah, creio que passei a maior parte da minha infância em cima das árvores, lá aprendi o vocabulário inglês e os verbos irrregulares latinos e fórmulas matemáticas e leis físicas como, por exemplo, a mencionada lei da gravidade de Galileu Galilei, tudo em cima das árvores, fazia os meus trabalhos de casa orais e escritos em cima das árvores, e com prazer urinava do cimo das árvores, fazendo um arco ruidoso e alto através da ramaria.

("A História do Senhor Sommer", Patrick Süskind, com ilustrações de Sempé)


 

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