sábado, outubro 30, 2004
sexta-feira, outubro 29, 2004
Os estranhos limites da natureza humana
quinta-feira, outubro 28, 2004
Investigadores Portugueses Descobrem Nova Forma de Doença Provocada por Priões nos Ovinos
segunda-feira, outubro 25, 2004
Surprise, surprise...
Ver Sir Humphrey, aliás, Nigel Hawthorne, no papel de Pierre Curie e a dizer a uma Marie Sklodowska politicamente empenhada e que queria voltar à sua Polónia ocupada para a servir que, na ciência, ao contrário do que acontece na política, os progressos ficam sempre para o futuro e os erros não prejudicam ninguém é, no mínimo... curioso. (Vide "Marie Curie", BBC, 1977.)
sábado, outubro 23, 2004
Civilização (III)
2. Por que é que as bibliotecas universitárias (e outras) não têm horários mais alargados?
sexta-feira, outubro 22, 2004
quinta-feira, outubro 21, 2004
terça-feira, outubro 19, 2004
CERN para políticos
Laboratório europeu celebra 50º aniversário
Genebra, 19 Out (Lusa) - O laboratório europeu que inventou a Internet e que estuda os momentos antes da criação do universo celebrou hoje o 50º aniversário com uma cerimónia que contou com as presenças do presidente francês, Jacques Chirac, e do rei Juan Carlos.
Chirac, acompanhado dos ministros franceses da Educação, François Fillon, e da Investigação, François d'Aubert, o Rei Juan Carlos e o chefe de estado suíço, Joseph Deiss, integram as delegações dos 20 países membros da Organização Europeia para Investigação Nuclear (CERN).
A presença portuguesa foi garantida por uma delegação que inclui o representante permanente de Portugal junto das Nações Unidas e delegado ao Conselho do CERN, José Caetano Costa Pereira. A delegação, de seis pessoas, integra ainda José Mariano Gago, presidente do Laboratório de Instrumentação de Partículas (LIP), e representantes do Ministério da Ciência e Ensino Superior.
O Rei Juan Carlos lembrou a importância do CERN na tentativa de agarrar na Europa cientistas que, na segunda metade do século passado, eram aliciados pelos Estados Unidos.
"Desde aí o CERN tornou-se no laboratório de liderança mundial no capítulo da física de partículas, um centro de excelência que atrai especialistas de todo o mundo", disse no decurso das cerimónias.
O ponto alto das comemorações oficiais foi a visita ao novo acelerador de partículas da organização, construído num túnel circular de 27 quilómetros sob a fronteira suíço-francesa e onde serão testadas partículas à velocidade da luz.
Ao longo das últimas cinco décadas, o CERN tem vindo progressivamente a tornar-se num símbolo de cooperação multinacional de investigação no campo da física nuclear.
Mais de sete mil cientistas de 85 países estão actualmente envolvidos em centenas de experiências, entre as quais um projecto que pretende recriar os segundos imediatamente antes do 'big bang', a criação do universo.
Para o director do CERN, Robert Aymar, a identidade internacional das equipas que ali trabalham, traz um impacto "social, cultural e económico" acrescido, garantindo que a "ciência continua a ser uma língua universal".
"O CERN é um local onde a ciência é o único objectivo", explicou, lembrando que já foram atribuídos cinco prémios Nobel a cientistas do centro.
"Já conseguimos resultados muito, muito positivos no campo da física das partículas. Agora temos muitas teorias e esta será a máquina capaz de as testar", explicou Aymar.
O novo acelerador de partículas (LHC) substitui um antigo sistema, o LEP, que foi, até à construção do Túnel da Mancha, o maior projecto de engenharia civil da Europa.
Os cientistas esperam que colisões de partículas recriadas no LHC produzam temperaturas superiores às que ocorrem no centro do sol, analisando assim a massa das próprias partículas.
Mais de 1.500 computadores em Genebra e milhares de outros em todo o mundo estarão depois ligados numa rede de altíssima velocidade, para analisar os resultados.
Para o público em geral, no entanto, o maior avanço do CERN foi a invenção da World Wide Web, em 1990, que numa primeira fase permitiu aos cientistas trocar dados e que, progressivamente, se transformou na complexa e essencial Internet.
Outros avanços saídos do CERN incluem aparelhos de scan usados para a detecção de cancro nos hospitais.
Além dos avanços científicos, o CERN acabou igualmente por servir para aproximar povos, sendo, por exemplo, o único local onde cientistas americanos e russos trabalharam juntos durante a Guerra Fria.
Hoje as equipas incluem cientistas árabes e israelitas e especialistas indianos e paquistaneses.
ASP.
Lusa/Fim
segunda-feira, outubro 18, 2004
Físico propõe "conselho de sábios" alternativo à Academia das Ciências
18-10-2004 18:49:00. Fonte LUSA. Notícia SIR-6442106
Temas: ciência portugal tecnologia porto
Ciência: Físico propõe "conselho de sábios" alternativo à Academia das Ciências
Porto, 18 Out (Lusa) - O físico António Manuel Baptista anunciou hoje que vai propor terça-feira a constituição da Academia Nacional de Ciências, Medicina e Tecnologias, uma espécie de "conselho de sábios" alternativo à Academia de Ciências de Lisboa, que classificou de letárgica.
"Vejo uma enorme dificuldade em transformar a letárgica Academia de Ciências de Lisboa num órgão útil. Actualmente não serve para nada, é quase uma repartição. Não pode ser salva como uma qualquer cosmética reformista", justificou o físico, em declarações à Agência Lusa.
A proposta de constituição da nova academia será feita no segundo e último dia do Fórum Ciência+2004, que decorre na Faculdade de Engenharia do Porto, sendo posteriormente comunicada ao Ministério da Ciência e Ensino Superior, bem como aos partidos políticos.
No texto da proposta, a que a Agência Lusa teve acesso, defende-se que a nova academia tenha "funções de aconselhamento da Nação" sobre questões científicas e tecnológicas.
"Necessitamos urgentemente de um órgão de referência que poderá ser uma academia de cientistas e tecnólogos, independente, cujos membros sejam escolhidos livremente pelos seus pares", defende o físico no seu texto.
A instituição proposta, "credível, e independente do poder político eventual", deve dirigir os seus conselhos ao Parlamento, o Governo, instituições públicas e sociedade civil sobre assuntos científicos e tecnológicos, acrescenta António Manuel Baptista.
Considerando "não só desejável como imprescindível" que os poderes instituídos procurem fontes alternativas de aconselhamento científico, o físico acredita, porém, que a academia proposta pode aspirar a servir de "referência incontornável" para enquadramento de todos os outros pareceres.
"Sente-se a falta de uma instituição permanente que sirva de referência e cujos pareceres possam servir de base credível e independente para qualquer tomada de decisão importante", entende o físico.
A forma como evoluiu o processo de co-incineração, entretanto abandonado, é, na sua perspectiva, um dos "lamentáveis exemplos recentes" da alegada falta de uma instituição científico-tecnológica "com credibilidade", como a que defende.
O segundo e último dia do Fórum Ciência será marcado também por um conjunto de análises sobre a forma como a ciência é abordada na comunicação social.
Um dos oradores será o vice-presidente da extinta Comissão Científica para a Co-Incineração, José Cavalheiro.
O Fórum Ciência propõe uma reflexão sobre o "estado preocupante" da cultura científica em Portugal.
JGJ.
Lusa/Fim
domingo, outubro 17, 2004
Simple is beautiful
Fotografia da descoberta do positrão numa câmara de nevoeiro
(Anderson, 1933). A placa de chumbo ao meio e um campo magnético aplicado permitiram determinar, respectivamente, o sentido do deslocamento da partícula (de baixo para cima, porque é o sentido em que diminui a velocidade e, em consequência, o raio de curvatura do traço) e a sua carga (positiva). E um protão pararia muito antes.
Assim se provou existir essa coisa estranha que é a antimatéria. (A tal de um episódio do "Espaço 1999".) Existia e deixava rasto...
sábado, outubro 16, 2004
Tycho Brahe
Muito antes de ter visto o filme "Dead Poets Society", de Peter Weir, conheci o sussuro do "carpe diem", nestas palavras de Carl Sagan - aliás, nas de Tycho Brahe.
Tycho era o maior génio observador da época e Kepler o maior teórico. Ambos sabiam que sozinhos não seriam capazes de completar a síntese dum sistema de mundos preciso e coerente, que ambos sentiam ser possível. Mas Tycho não estava disposto a oferecer o trabalho duma vida inteira a um rival mais novo. Uma co-autoria dos resultados da colaboração, se os houvesse, era inaceitável. O nascimento da ciência moderna - o resultado da teoria e da observação - oscilou no precipício da sua desconfiança mútua. (...) No seu leito de morte, Tycho legou as suas observações a Kepler e, «na última noite do seu delírio, repetiu vezes sem conta estas palavras, como se estivesse a escrever um poema: 'Que não pareça que vivi em vão... Que não pareça que vivi em vão.'» ("Cosmos", Carl Sagan, Gradiva)
sexta-feira, outubro 15, 2004
quarta-feira, outubro 13, 2004
Sete instituições de investigação sem dinheiro no Orçamento de 2005
[Notícia completa no Público]
Nota: ao abrigo do direito de resposta,o Público publicou também um pedido de esclarecimento da chefe do gabinete da ministra da Ciência, Inovação e Ensino Superior sobre a notícia "Ministra da Ciência esconde verdade sobre quotas" do Público de 11 de Outubro.
terça-feira, outubro 12, 2004
Civilização (II)
Relógios das torres da Basílica da Estrela: sem ponteiros.
Mais desconcertante do que não vermos o progresso, só mesmo a dúvida sobre se estaremos à altura da herança dos nossos antepassados.
segunda-feira, outubro 11, 2004
sábado, outubro 09, 2004
A Física e a memorização
Há muitos anos, quando éramos ainda neófitos deslumbrados com o estudo da Física (alguns continuaram, felizmente), uma colega brilhante dizia que os cursos de Física e de Matemática (em sentido lato) eram os únicos em que se apelava ao raciocínio. Segundo ela, os outros baseavam-se apenas no bom senso ou na memorização - o "marranço".
Pela minha parte, sempre tentei relativizar este sentimento de privilégio que também carregava de, apesar da incompreensão geral do mundo de fora, ter a oportunidade de estudar a mãe de todas as ciências naturais, e de passar assim a fazer parte de uma espécie de irmandade a que também pertenceram Galileu, Newton, Einstein e Feynman.
É certo que não se nos pedia que memorizássemos longas listas de palavras estranhas, como em taxonomia ou em anatomia, nem processos invulgarmente complexos, como em fisiologia.
Mas pediu-se-nos também que memorizássemos. Resoluções de problemas típicos e respectivos truques. Equações - os tipos de funções, os coeficientes e os expoentes de cada termo, os gráficos das funções, os casos limite, e por aí fora. Mais tarde, os "papers" em que tínhamos lido pedaços de informação, os meandros intrincados de raciocínios por onde tínhamos passado antes de chegar a uma determinada conclusão.
Por exemplo, quanto aos gráficos, ao ler a entrada da Catarina intitulada "Para que serve um blog?", em que fala das referências visuais que nos acompanham, lembrei-me de um padrão que para nós é familiar e não dirá muito a quem não estudou Física: o gráfico das superfícies de igual potência radiada por uma carga acelerada, com a forma de lóbulos.
Isto tudo para dizer que, afinal, em Física também usamos e precisamos criticamente da memória. E que acabamos, mais ou menos voluntariamente, por exercitá-la.
Contaram-me uma vez que um determinado médico, já reformado, mantém em forma a sua capacidade de memorização com exercícios aparentemente masoquistas. Mas como muitos físicos que conheço têm o gosto - e, alguns, o dom - da palavra, é natural que aquilo que me surgiu num longínquo momento de descontracção como uma agradável surpresa seja, afinal, uma coisa muito compreensível. É que os meus colegas de Física sabiam muitos, muitíssimos... poemas de cor. Em várias línguas.
Digam-me lá se este não é, pelo menos, um belíssimo exercício? E não só um exercício, claro está.
O raciocínio segue mais tarde.
Espectroscopia por ressonância magnética permite avaliar efeito de quimioterapia num tumor
sexta-feira, outubro 08, 2004
"Ciências" Contra Licenciaturas de Três Anos
quinta-feira, outubro 07, 2004
quarta-feira, outubro 06, 2004
Movimento browniano
Um efeito directo e visível dos átomos e moléculas em estruturas macroscópicas. Explicado por Einstein.
terça-feira, outubro 05, 2004
Prémio Nobel da Física de 2004
Mais informações no site da Fundação Nobel.
segunda-feira, outubro 04, 2004
domingo, outubro 03, 2004
sábado, outubro 02, 2004
Cientistas Procuram Bomba de Hidrogénio dos Anos 50
sexta-feira, outubro 01, 2004
Kindergarten digital
(Via Azenhas do Mar)
É por estas e por outras que gosto do Flash.
Sugestão: quem quiser ver aplicações do ActionScript a problemas de Física, tem algumas ligações na coluna do lado.