A confirmação da teoria da relatividade geral tornou Einstein famoso em todo o mundo. Em 1921, foi eleito membro da Sociedade Real Britânica. Em cada cidade que visitava, era agraciado com graus honoríficos e prémios. Em 1927, começou a desenvolver os alicerces da mecânica quântica com o físico dinamarquês Niels Bohr, mesmo continuando a perseguir o seu sonho de uma teoria de campo unificado. As suas viagens pelos Estados Unidos conduziram à sua contratação, em 1932, como professor de matemática e física teórica no Instituto para Estudo Avançado, em Princeton, na Nova Jérsia.
Um ano mais tarde, estabeleceu-se definitivamente em Princeton, depois de o partido nazi, no poder na Alemanha, ter começado uma campanha contra a "ciência judaica". Os bens de Einstein foram confiscados e a sua cidadania alemã e posições em universidades alemãs foram-lhe retiradas. Até então, Einstein tinha-se considerado um pacifista. Mas, quando Hitler tornou a Alemanha numa potência militar na Europa, Einstein passou a acreditar que o uso da força contra a Alemanha era justificado. Em 1939, no dealbar da Segunda Guerra Mundial, Einstein começou a preocupar-se com a possibilidade de que os alemães estarem a desenvolver a capacidade de construir uma bomba atómica - uma arma tornada possível pelo seu próprio trabalho de investigação e, consequentemente, pela qual ele se sentia responsável. Escreveu uma carta ao presidente Franklin D. Roosevelt avisando-o dessa possibilidade e apelando a que os Estados Unidos empreendessem investigação em física nuclear. A carta, escrita pelo seu amigo e colega cinetista Leo Szilard, tornou-se o mote para a criação do Projecto Manhattan, que produziu as primeiras armas atómicas do mundo. Em 1944, Einstein leiloou uma cópia manuscrita do seu artigo de 1905 sobre a relatividade restrita e ofereceu a receita obtida - seis milhões de dólares - ao esforço de guerra dos aliados.
Depois da guerra, Einstein continuou a envolver-se em causas e assuntos que o preocupavam. Em Novembro de 1952, depois de ter demonstrado um forte apoio ao sionismo durante muitos anos, foi-lhe pedido que aceitasse a presidência de Israel. Recusou respeitosamente, dizendo que não era indicado para o cargo. Em Abril de 1955, apenas uma semana antes da sua morte, Eintein escreveu uma carta ao filósofo Bertrand Russell em que acordava assinar um manifesto que apelava a todos os países para que desistissem das armas nucleares.
Einstein morreu de insuficiência cardíaca em 18 de Abril de 1955. Durante a sua vida, tinha tentado compreender os mistérios do cosmos, sondando-o com o seu pensamento, em vez de confiar nos seus sentidos. Disse uma vez: "A verdade de uma teoria está na nossa mente, e não nos nossos olhos".
(tradução livre de
"On the Shoulders of Giants - The Great Works of Physics and Astronomy", editado e comentado por Stephen Hawking, Penguin, 2002)